A incubadora colaborativa inc.ubalab é um processo aberto e continuado de acolhimento e desenvolvimento de ideias, projetos e talentos em Ubatuba, litoral norte do estado de São Paulo, no Brasil. Interessa-se particularmente por temas como a educação aberta, as tecnologias livres, a inovação socioecológica e a cultura de abertura. A inc.ubalab dialoga profundamente com um histórico de iniciativas realizadas em torno do UbaLab - como a plataforma Ciência Aberta Ubatuba, o festival Tropixel e o espaço de co-working Ninho - e busca consolidar uma rede aberta e inclusiva dedicada à criação, construção e gestão de projetos socioambientais colaborativos de impacto local e global.
A proposta surgiu a partir da constatação de um cenário existente em Ubatuba, uma das cidades brasileiras com maior proporção de área preservada de mata atlântica (mais de 85% de seu território), que ilustra um impasse comum no Brasil: a necessidade de construir caminhos alternativos de desenvolvimento que escapem às armadilhas do turismo de massa, da especulação imobiliária, da extração de recursos naturais e das indústrias poluentes. A cidade atrai uma grande quantidade de pesquisadores, ativistas socioambientais, artistas e outros criadores que têm muito a contribuir na constituição de caminhos alternativos de desenvolvimento. A falta de espaços de intercâmbio (Ubatuba não tem universidades) somada à geografia recortada resultam em uma grande fragmentação. É comum que estas pessoas não saibam o que as outras fazem, ou mesmo que nem se conheçam apesar de interesses comuns e de ser uma cidade relativamente pequena.
Para fazer frente a esta fragmentação, desde março de 2017 passamos a promover encontros dedicados à exposição, debate e prototipagem de projetos, intercâmbio e aprendizados entre pares. Os elementos centrais desses encontros têm sido a interlocução entre as pessoas e a associação entre demandas, estruturas, habilidades e recursos. Nos quatro primeiros encontros realizados, foram apresentadas 38 iniciativas, com a participação de cerca de 60 pessoas – inventores, empreendedores, pesquisadores, ativistas, artistas e produtores culturais. Grande parte das iniciativas lida com temas socioecológicos, culturais ou de participação social.
A incubadora foi lançada oficialmente durante o seminário final da plataforma Ciência Aberta Ubatuba, em março de 2017, como um dos resultados desta plataforma – que trabalhou ao longo de dois anos identificando dinâmicas de produção e circulação de conhecimento em Ubatuba, em um projeto de pesquisa-ação coordenada pelo IBICT e integrante da rede de ciência aberta e colaborativa no desenvolvimento (OCSDNet), financiada pelo IDRC (Canadá).
O projeto está orientado principalmente aos seguintes públicos:
Acabei de publicar um texto mais longo comentando sobre a participação da inc.ubalab no Lab Meeting Iberoamericano. Está disponível no Medium:
https://medium.com/@felipefonseca/caminhos-da-inc-ubalab-do-lab-meeting…
Para acceder a la PPT Inc.ubalab :
https://drive.google.com/file/d/1Ex7AY_TPVetho4Xop6eFQRGElxBieod0/view?…
LabMeeting
Apresentaçaõ da Inc.ubalab:
Histórico do trabalho: tecnologia, cultura e sociedade; reconhecimento de logradouros; cultura social (pontos de cultura).
Rede Labs – colaboração entre laboratórios
Ubatuba não pode se industrializar por causa das áreas protegidas.
Festival Tropixel
Tema 2019: Abundância e Sobrevivência
Conceito “Inovação Ciudadana” (limitado) vs “Inovação Socioambiental”
Muitos tipos de labs:
- Impulsionados pelo governo
- Impulsionados por ONGs
- Impulsionados por empresas
- Quádrupla Helix
Modalidades de funcionamento:
- permanente (ex: Medialab Prado)
- acontecimentos pontuais (ex: Tropixel)
- eventual/sazonal
Medialab Prado: Vinculación com los ODS
Taller Incubalab: Incubadora Colaborativa (Ubatuba/SP, Brasil)
Perguntas:
1- Como propocionar mais intercambio? – Festival Tropixel? Mas festival é sempre pontual. O tempo nunca é suficiente; as coisas permanecem por algumas semanas – como permanecer o intercâmbio? DOCUMENTAÇÃO/INTERCAMBIO
2- Em tempos de crise, como sustentar as coisas, buscar recursos, ter UTONOMIA, LIBERDADE E fazer as coisas seguirem adiante. Covocatórias nem sempre são no tema específico do que se deseja fazer. SUSTENTABILIDADE
3- Lab como um espaço intencionalmente deixado em branco, “desprogramado” (pode ser uma escola, um centro de encontro, espaço para festas. Como manter a resiliência em um espaço com múltiplas utilidades? – ESPAÇO/MODELO
4- Visão de mundo – Trabalhou com o governo para criação de uma Lei para criação do sistema municipal de inovação, ciência e tecnologia. Mas depois de 4 anos mandou a lei para ser aprovada, mas não teve sessão e o novo governo não seguiu adiante. Há 2 nos está trabalhando com o novo Secretário de Ciência e Tecnologia (quer fazer indústria de hardware –> não é isso!). Resiliêcia de vocabulário de múltiplas ideologias. IDEOLOGIA/VISIÓN DE MUNDO
Como medir e comunicar (ao governo, à mídia)? Como traduzir para poder ter recursos e estratégias políticas de desenvolvimento e continuidade do trabalho.
No Brasil, não há recurso para nada e o enfoque está muito “industrial”.
Temporalidade: tem que ser tratada com as instituições de hoje e de amanhã (comprometidas com o desenvolvimento sustentável)
Fragmentação institucional – há nichos no campo das instituições que já estão indo para futuro – criação de alianças. Pensar não como um indivíduo, mas mais institucionalmente e fazer redes, por exemplo, para mudar as leis, sem perder a autonomia dos laboratórios, mas a partir de desafios comuns.
Um desafio é: Grupo representa a sociedade (por ex, em Ubatuba)? OBS: População de Ubatuba: 88.000
Na Amazônica: querem falar de desenvolvimento sustentável, mas a população quer estrada, agronegócio. SP destruiu a natureza e agora querem travar o desenvolvimento da Amazônia. Tem que entender o que a sociedade quer e fazer um trabalho de integração. Criar uma rede de pensamento socioambiental, por exemplo, vai induzir uma nova agenda e forçar essa agenda para uma população.
FLIP em Parati: potencial de uma área no litoral que virou referência no país para debates literários. Por que não pensar em um Tropixel maior, que traga outras experiências do Brasil.
[Isso não tiraria o caráter territorial da iniciativa?]
2015 – Festival TropixelLabs
Conferência Paralelo em São Paulo (Centro Cultural Vergueiro). Entre Reino Unido, Holanda e Brasil – Designers, ambientalistas, artistas
Criptomoeda para fins ambientais – projeto de um holandês
2019 – Projeto de fazer um “Tropixel paralelo” – convocatória de ideias de modelos alternativos de desarrollo para Ubatuba, que não sejam indústrias, que não seja nociva ao ambiente. Pensando no eixo abundância e sobrevivência
Pensar Tropixel como uma maneira de atrair atenção e recursos
Gran reto: como crear alternativas de desarrollo para la cidad que sean sostenibles e inclusivas, pero que também dialoguem com as expectativas do governo local, da sociedade, e que sejam efetivas.
Quem queremos atrair?
As pessoas que compreendem o que dizem já se aproximaram: cientistas, artistas
Administração local, instituições, escolas, população em general
Deixar de depender tanto do turismo de massa
Que outros agentes atuam no desarrollo local? ~1993 Ubatuba era a 2ª cidade de SP onde tinham mais ONGs. Orçamento participativo, reuniões do Conselho de Cultura tinha boa participação (800 pp no bairro). Cooperativa de catadores. O difícil é ter recursos para manter as atividades, muitos dependem da Petrobras.
Crítica ao governo: ONGs existem porque as políticas públicas não são suficientes. Desequilíbrio da política pública: as pessoas não mudam a política do Governo e também não criam um ambiente sustentável, pois dependem dos recursos das empresas.
Boas ideias/inovações que surgem de comunidades precisam ser impulsionadas para crescerem, serem registradas (patentes). Se os labs conseguem fazer uma ponte mais efetiva entre startaps/experiências da base da pirâmide e academias, mercado, governo, seria fantástico.
Ex: Hortas verticais, costureira de favela de SP, aproveitamento de resíduos, etc
Quem sabe Tropixel pode ser uma base de exposição dessas experiências...
Ligação entre atividade colaborativa e comunismo está muito complicada no Brasil atualmente.
A ausência de universidades na cidade de Ubatuba é muito importante. Os jovens de 17/18 anos têm que sair da cidade.
Propostas de categorias para a discussão de amanhã:
1- Sustentabilidade do laboratório (autonomia, independência, financiamento, avaliação)
2- Modelos de laboratório e práticas (festival, espaço de coworking, projetos ciudadanos, novas institucionalidades). Modelos fluidos?
3- Visión, mentalidade, conceptos
Como pensamos a tecnologia, a inovação, o desarrollo
Como posicionar o laboratório no sistema: deve ter um posicionamento ou estar aberto para estabelecer diálogo entre modelo mais industrialista e mais socioambiental
4- Comunidade – desfragmentação. Como gerar comunidade, ecossistema (academia, funcionários públicos, ONGs, ambientalistas, empresas)
5- Intercâmbio – se pensamos como uma rede com todos os agentes
6- Relação do lab com o impulso econômico local
7- Misión/objetivo de un lab – deve ter objetivos específicos ou deixar aberto para construção pelos participantes. Aberto: se perde; Fechado: depende da liderança, então não é mais horizontal
Possibilidades de missões que foram faladas: incubadora de projetos, festivais (dar visibilidade), construção de redes
Panorama de atores de Ubatuba:
- Que quieren las entidades sociales? Gestión, comunicação, herramientas, impulsionar projetos
- Que quiere el gobierno? Visibilidade, votos, empresa
- Que quiere la población? Turismo, petróleo - presal, construcción (70% da economía local, especialmente construção para o turismo). O governo cria cursos para turismo e gastronomia, mas a maioria da população trabalha em construção. Poderia fazer cursos sobre construções sustentáveis, por ex
Os turistas estão mais preocupados com a sustentabilidade do que a população, mas vem temporariamente. Turista preocupado com a natureza em geral não tem dinheiro.
TURISOL – Turismo Solidário, fica em São Paulo
ONGs vacilou ao dar pouca atenção para a revisão dos Planos Diretores. O governo decide sozinho. Pelo Estatuto da Cidade, a revisão do Plano Diretor é feita de 10 em 10 anos. No Conselho Municipal tem que reunir todos os setores da sociedade. O Plano Diretor tem que ser participativo, se a cidade não faz assim, tem que pressionar a prefeitura.
Projeto Ciência Aberta.
Comunicação entre cientistas e população.
Ideación libre 1 hora
Las preguntas:
El reto más macro: ¿Cómo crear alternativas de desarrollo para la ciudad sostenibles e inclusivas pero que también dialoguen con diferentes sectores (municipalidad, ciudadanía…)
Relación entre medición de impacto / resultados que buscan instituciones como Gobierno vs las metas propias ¿Cómo actuar?
Alianzas entre instituciones ¿Cómo una institución decide cambiar, sumar con otros proyectos diferentes (como un laboratorio)?
Desafíos: respuesta a la población ¿Qué población? Se cuenta con una población muy diversa, con un cambio en enero multiplicando la población (de 88,000 a 300,000)
Tipo de pensamiento de innovación socio-ambiental ¿hay interés? ¿va a haber algún tipo de agenda para reforzar?
¿Cómo utilizar las herramientas y tecnologías para que la población pueda seguir viviendo sin dañar el ecosistema, sino lo contrario?
“Tropixel ambicioso” como big – festival, de forma anual. Consolidar ese evento, para que se mantenga el recurso, para la que la gente siga viniendo.
Referencias:
Se está pensando en Tropixel para generar Modelos alternativos de desarrollo para la ciudad.
Agentes = Administración local + instituciones + población (escuelas alternativas)
Es importante entender que hay gente muy interesada en turismo de masas (grandes cruceros, …) a nivel institucional gubernamental y entidades privadas que viven de eso
Por otro lado, hay ONG e instituciones preocupadas por la parte ambiental.
SIMCITI: Sistema de Innovación …?
¿Cómo conectar experiencias similares? Abundancia vs sobrevivencia
Se está trabajando con niños en una escuela técnica (de 15 a 17 años). Ausencia de universidad, por lo que los jóvenes se van. (Fuga de talentos)
La sociedad está muy fragmentada, no se conoce mucho Inc.UcbaLab.
Turistas:
Categorías propuestas:
(Festival)
Panorama general:
Se cree que el turista más comprometido con el medio ambiente no tiene la capacidad económica para pagar construcciones alternativas más sostenibles.